O espectáculo começa aos 110 minutos
A Alemanha e a Itália são duas excelentes equipas. Os valores individuais são de grande nível, mas os conjuntos são duma coesão e solidez formidáveis, e esse é o maior valor. Na meia-final que disputaram, pareciam dois sistemas que se anulavam mutuamente, mas quando já se entrevia essa condenação do futebol que é o zero a zero, e àparte aquelas duas bolas no ferro da Alemanha no princípio do prolongamento, de repente a emoção irrompeu. Foi como que a dizer-se, isto não pode ir a penaltis, o valor destas equipas é demasiado elevado para resolver-se no que já não é jogo. E assim o futebol dos treinadores deu lugar ao futebol dos jogadores.
Nos dez minutos finais, de parte a parte, houve espectáculo. No futebol dos jogadores, a Itália teve mais argumentos, e traduziu uma ligeira superioridade (e maior correcção disciplinar) nos dois magníficos golos que surgiram nesse período. Mas a Alemanha teve grande mérito; a Mannschaft de Klinsmann é para mim a melhor desde os tempos de Beckenbauer-jogador, e tenho a certeza que os italianos souberam desportivamente reconhecer o grande valor que teve para eles jogarem com os anfitriões.
Saiba Portugal mostrar méritos deste nível, quer no sábado contra a Alemanha, quer (preferivelmente) no domingo frente à Itália.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home